III ENCONTRO REGIONAL DE ESTUDANTES DE AGRONOMIA DO NORDESTE – EREA-NE

 

            Temática:

                “Formação profissional, organização e ação”.


            Realização:

     FEAB Fortaleza, Regional V.
 
     Campus do Pici, Fortaleza Ceará

 

 

 

 
 
Espaços:

Palestra –  Histórico da Agricultura
Mesa de Abertura –  CO, CN, CRs, etc
Painel I –  Análise de Conjuntura: Educação e Questão Agrária
Painéis paralelos –
Mesa I – Formação profissional: Currículo e PL 2829
Mesa II –  O papel do extensionista no dialogo entre o conhecimento do campo e o acadêmico. Extensão e Ciência e Tecnologia.
PREB I – Repasse das atividades das escolas e análise do avanço do capital na universidade e no campo (conjuntura local).
PREB II – Apontamentos de Luta, tirada de eixos de Ação
Preparação para o Ato Vivência
Ato Vivencia
Oficinas

Plenaria Final

Programação do Encontro

METODOLOGIA

 
27/mai
28/mai
29/mai
30/mai
31/mai
 
Manhã
Inscrições
Abertura
Mesa II e GD: Formação Profissional - Currículo e PL 2829  
Ato Público
Reunião das delegações
 
Painel I: Análise de Conjuntura: Educação e Questão Agrária
 
Tarde
Inscrições
Mesa I e GD: Formação Profissional: Extensão e CT    
Painel II
Campanhas da FEAB - Via Campesina
Ato Público
Plenária Final
 
 
 
 
Noite
Palestra: Histórico da Agricultura
PREB 1: Conjuntura Local
Preparação para o Ato
Painéis Paralelos
Volta para casa!
 
 
Apresentação das escolas
PREB 2: Calendário de lutas
Cultural
 
 
 
Cultural
Cultural
Não haverá
Cultural.

 

Recepção e Inscrição: Receber e efetuar a inscrição das delegações dos diferentes estados do Nordeste. Por fim fazer uma apresentação do campus.
Palestra Inicial: “Histórico da Agricultura” - Momento prévio de curta duração, com o objetivo de integrar as congressistas dentro da temática.
Apresentação das escolas: Momento breve onde as escolas que já estiverem chegado se apresentarão.
Mesa de Abertura: Apresentar os objetivos do evento bem como dar boas-vindas as delegações e dar inicio aos trabalhos do encontro.
Painel I: “Analise de Conjuntura” – Momento que os facilitadores irão trazer uma análise de conjuntura da educação e da questão agrária brasileira.     
Mesa 1: “Formação Profissional” –  Este momento trará uma abordagem da Universidade na formação do futuro Agrônomo, qual tem sido seu verdadeiro papel e como tem ocorrido os ataques a Educação Superior, como a fragmentação do curso visa atingir os objetivos do Capital, a super especialização e o quão isso é prejudicial  a Sociedade. Tendo como eixos transversais o Currículo e a PL 2829 para abordar estas temáticas.   
PREB I: Plenária Regional de Entidades de Base: Momento onde se reúne toda a militância da federação para apresentar a realidade de cada grupo e realizar um repasse das atividades desenvolvidas. Este momento tem como objetivo, também, levantar elementos da conjuntura local, a fim de deixar claro quais são os momentos estratégicos de luta para o próximo período.
PREB II: Plenária Regional de Entidades de Base: Momento de continuidade a PREB I, onde aprofundaremos nossa analise sobre a conjuntura local, assim buscando construir coletivamente os apontamentos de luta pro próximo período. Teremos ao fim do espaço a construção de um calendário de lutas e eventos da FEAB Nordeste.
Mesa II: “Formação Profissional” – Momento onde estaremos abordando o papel da Universidade como formuladora de Ciência e como esta é levada a Sociedade, travando o debate na perspectiva de uma necessária mudança na forma de se fazer Ciência e de se difundi-la. Serão temas transversais a Extensão e Ciência e Tecnologia. 
 Painéis Paralelos: Varias temáticas ligadas ao evento que estarão ocorrendo paralelamente: Educação do campo, Campanhas da FEAB, Gênero, Novas Tecnologias, Matriz energética e energias renováveis, Código Florestal, Soberania Alimentar, Cotas.
Grupos de Discussão (GD I E II): Destinado ao aprofundamento e troca de experiências dos participantes, usando como subsídio, dinâmicas de grupo e as discussões realizadas nos painéis que serão sistematizados com a ajuda dos coordenadores.
Preparação e Oficina do Ato Público: Momento onde apresentaremos o objetivo do ato na cidade de Fortaleza, bem como as características da região. A oficina do ato será um momento de construir a cara do nosso ato para dialogar com a sociedade em torno das nossas pautas de reivindicação.
Ato Público: A partir da dinâmica do congresso dialogaremos com o coletivo da sociedade para extrapolar nossas pautas além dos muros da universidade.
Descanso: Momento Livre.
Oficinas: Atividades leves e de cunho mais pratico.
 Atividades Culturais: Propiciar a produção artística e cultural da região, divulgar trabalhos desenvolvidos nas escolas e valorizar a cultura popular da região.
Reunião das Delegações: Momento em que as delegações irão se reunir para compartilharem suas impressões políticas do encontro regional.
Plenária Final: Momento onde estaremos votando as propostas que tenham surgido durante o encontro. A votação será presencial, ou seja, sem delegado e por maioria de voto. Encaminhamentos políticos do encontro, nota de apoio e/ou nota de repudio. Apresentação e consolidação do calendário de lutas.
Culturais (propostas de programação)
27/05: Apresentação de um espetáculo teatral que tenha como foco a agricultura nordestina e os desafios do semiárido; Posterior apresentação musical com banda a definir.
28/05: Apresentação de banca típica nordestina (a definir)
30/05: Apresentação musical (a definir)

 

Movimento Estudantil

O que é Movimento Estudantil?

O movimento estudantil, embora não seja considerado um movimento popular, dada a origem dos sujeitos envolvidos, que, nos primórdios desse movimento, pertenciam, em sua maioria, a chamada classe pequeno burguesa, é um movimento de caráter social e de massa. É a expressão política das tensões que permeiam o sistema dependente como um todo e não apenas a expressão ideológica de uma classe ou visão de mundo. Em 1967, no Brasil, sob a conjuntura da ditadura militar, esse movimento inicia um processo de reorganização, como a única força não institucionalizada de oposição política. A história mostra como esse movimento constitui força auxiliar do processo de transformação social ao polarizar as tensões que se desencadearam no núcleo do sistema dependente. O movimento estudantil é o produto social e a expressão política das tensões latentes e difusas na sociedade. Sua ação histórica e sociológica tem sido a de absorver e radicalizar tais tensões. Sua grande capacidade de organização e arregimentação foi capaz de colocar cem mil pessoas na rua, quando da passeata dos cem mil, em 1968. Ademais, a histórica resistência da União Nacional dos Estudantes (UNE), como entidade representativa dos estudantes, é exemplar. Concebida, em 1910, no I Congresso Nacional de Estudantes, em São Paulo, só em 1937 é efetivada sua fundação, coincidindo com a instauração da ditadura do Estado Novo. Esse surgimento sendo —fruto de uma tomada de consciência quanto a necessidade de organizar, em caráter permanente e nacional, a atuação política dos jovens brasileiros.“ (JOVEM..., 1986, p.69). Desde então, uma história de participação nos principais episódios políticos do Brasil tem decorrido, em campanhas aqui exemplificadas: contra o Estado Novo (1942); contra o eixo e a favor dos aliados (1943); —o petróleo é nosso“ (1947); contra a internacionalização da Amazônia (1956/1958); pela criação de indústrias de base e reforma agrária (1958); de oposição ao regime militar (1964-1989); a favor da anistia (1979); —diretas já“ (1984); contra a dívida externa (1986); por uma universidade pública e gratuita (1987); —fora Collor“ (1993), entre muitas outras, demonstram como os estudantes foram se aproximando, cada vez mais, das lutas populares. Tudo isso, apesar da repressão política, intensifica-se com o golpe militar de 1964. A Lei nº 4.464, de outubro de 1964, chamada Lei Suplicy de Lacerda, elimina a UNE como representação nacional, limitando a representação estudantil ao âmbito de cada universidade. O Decreto- Lei nº 252/67, em seu Artigo 2 vetou a ação dos órgãos estudantis em qualquer manifestação político-partidária, social ou religiosa, bem como apoio a movimentos de grevistas e estudantes. Esse clima de controle, ameaça e insegurança individual atingiu todas as atividades relacionadas ao fazer educativo, principalmente com o conhecido Ato Institucional No5 (AI - 5) que, em dezembro de 1968, retira do cidadão brasileiro todas as garantias individuais, públicas ou privadas, institui plenos poderes ao Presidente da República para atuar como Executivo e Legislativo. Ou ainda, com o Decreto- Lei No 477, de fevereiro de 1969, que proibia todo o corpo docente, discente e administrativo das escolas a qualquer manifestação de caráter político ou de contestação no interior das universidades. Entretanto, reconstruída em 1979, já em setembro de 1980, mobiliza cerca de um milhão de estudantes, numa greve geral de três dias, exigindo a anistia (ampla, geral e irrestrita) dos exilados e presos políticos, e em 1981, 400 mil estudantes realizam greve nacional diante da recusa do então Ministério da Educação e Cultura (MEC), em atender as reivindicações propostas pelos estudantes. A consciência dos direitos individuais vem acompanhada da certeza de que esses somente se conquistam numa perspectiva social e solidária. Assim é que surgem as associações de bairro, os grupos ecológicos, os sindicatos de trabalhadores, os grupos de defesa da mulher e também as entidades estudantis - Diretórios Centrais, União Estadual, Centros Acadêmicos, Executivas Nacionais - como órgãos representativos desse setor social. E a UNE deixa de ter caráter unificador dos anseios da população, para ser um órgão de atuação mais específica das escolas.

Referências:

https://www.cce.udesc.br/cab/oqueeomovimentoestudantil.htm

 

 

O que é um Centro Acadêmico?

Um centro acadêmico no Brasil é uma entidade estudantil que representa, normalmente, os estudantes de um curso de nível superior, podendo representar estudantes de diversos cursos de uma mesma faculdade. Suas funções podem ser e em geral são diversas. Algumas delas são: a organização de atividades acadêmicas extra-curriculares como debates, discussões, palestras, semanas temáticas, recepção de calouros e realização de projetos de extensão; encaminhamento, mobilização e organização de reivindicações e ações políticas dos estudantes; mediação de negociações e conflitos individuais e coletivos entre estudantes e a faculdade; realização de atividades culturais como feiras de livros, festivais diversos, entre outros.

Os centros acadêmicos são formados, de maneira geral, a partir da associação de estudantes, o que faz com que possam ser classificados, do ponto de vista jurídico, como associações civis.

A relação que o Centro Acadêmico estabelece com as instâncias burocráticas da instituição pode se dar de forma direta, sendo este parte desta estrutura, ou de forma independente, sendo a entidade estudantil livre de qualquer tipo de interferência institucional.

Há outras formas de organização de entidades estudantis nas universidades, sendo as principais o Diretório Central dos Estudantes (DCE), o Diretório Acadêmico e o Gremio Estudantil.

Essas estruturas e nomenclaturas correspondem à época em que foram fundadas as entidades e aos objetivos do momento de sua fundação. Basicamente se for, por fundação, uma Faculdade originalmente, ter-se-á um Diretório Acadêmico, enquanto um curso de uma Universidade terá um Centro Acadêmico. Ambos não têm diferenças de atribuições.

Referências:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_acad%C3%AAmico

FEAB - Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil

A Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB) é a Executiva dos estudantes do curso de Agronomia do Brasil. É a representação/organização/entidade máxima dos estudantes de agronomia do país. É a executiva de curso mais antiga do Brasil.

É integrante da Confederação Latino-Americana e Caribenha de Estudantes de Agronomia - CONCLAEA através do Congresso Latino-Americano e Caribenho de Entidades Estudantis de Agronomia - CLACEEA. Participa do Fórum de Executivas de Cursos - FENEX e da Via Campesina.

Primeiros Anos (1950-1964)

A organização dos estudantes de agronomia remonta aos anos 50 quando foi criada a União Nacional dos Estudantes de Agronomia e Veterinária do Brasil (UEAVB). A separação dos cursos de agronomia e medicina veterinária só ocorreu em 1955 com a criação do Diretório Central dos Estudantes de Agronomia do Brasil (DCEAB).

Clandestinidade (1964-1972)

O DCEAB passou, como várias das entidades estudantis, a sofrer forte repressão dos militares após o golpe militar de 1964. Em 1968 durante a fase de maior repressão aos movimentos sociais e estudantis contrários ao golpe, o DCEAB cai na clandestinidade através do ato institucional número 5 (AI-5) que não permitia a reunião de pessoas para fins políticos. Durante essa época, ocorreu forte repressão aos estudantes, muitos líderes foram presos e boa parte do material histórico da época foi roubado. No período que vai de 1968 a 1971 as atividades dos estudantes de agronomia foram praticamente inexistentes.

Fundação da Feab (1972 - ?)

Em 13 de agosto de 1972, durante o XV CONEEA, corajosamente retirou-se da clandestinidade a organização nacional dos estudantes de agronomia, reconstruindo a entidade agora denominada Federação dos Estudante de Engenharia Agronômica do Brasil - FEEAB. Depois em 1989, alterou-se o nome para Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil - FEAB. É a entidade máxima dos estudantes de Agronomia do Brasil. Esta Federação atualmente representa em torno de 160 escolas de agronomia, tendo em torno de 60000 estudantes (valores subestimados). No presente a FEAB vive um momento de grandes mudanças sendo uma delas a saída da UNE - entidade que a federação compôs historicamente - votada no 50º CONEA, em 2007.